Bem Vindo ao meu Blog

Este blog será totalmente dedicado a alquimia.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Algumas das principais obras de alquimia

Obras Internacionais

  •     O Arcano Hermético (de Jean d'Espagnet)
  •     Anfiteatro da Sabedoria Eterna (de Heinrich Khunrath)
  •     Atalanta Fugiens (de Michael Maier)
  •     Aurora Consurgens (de São Tomás de Aquino)
  •     Five treatises of the philosophers stone - Alfonso V King of Portugal (de D. Afonso V)
  •     A Aurora dos Filósofos (de Paracelso)
  •     A Carruagem Triunfal do Antimônio (de Basilio Valentim)
  •     As Seis Chaves (de Eudoxus)
  •     Coelum Philosophorum (de Paracelso)
  •     A fabricação de Ouro (de Francis Bacon)
  •     Baopozi (de Ge Hong)
  •     O Parentesco dos Três (de Wei Boyang)
  •     Museu Hermético
  •     Rosarium Philosophorum
  •     Tabula de Esmeralda (de Hermes Trismegistus)
  •     O Tratado Dourado (de Hermes Trismegistus)
  •     Corpus Hermeticum (de Hermes Trismegistus)
  •     Teorias e símbolos dos Alquimistas (de Albert Poisson)
  •     Mutus Liber (editado por Eugene Canseliet)
  •     As Moradas dos Filósofos (de Fulcanelli)
  •     O Mistério do Áureo Florescer (de Samael Aun Weor)

Em língua portuguesa (contemporâneas)

  •     Discursos e práticas alquímicas - I e II, Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2001(e 2002).
  •     ANES, José Manuel, Re-creações Herméticas, vols. I e II, Lisboa, Hugin, 1º. ed. 1996, 2ª. 1997(e 2004) - entre outras obras de relevo sobre alquimia, do mesmo autor.  
  •     SADOUL, Jacques, O tesouro dos alquimistas, São Paulo, Hemus. (várias edições)

Legado alquímico à era presente

Contribuição à ciência moderna:

A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas, como o arsênico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje, como o famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia, considerada fundadora da Alquimia na Antiguidade; a ela atribui-se também a descoberta do ácido clorídrico. Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear.

    Alberto Magno, conseguiu preparar a potassa caustica. Foi o primeiro a descrever a composição química do cinábrio, do alvaiade e do mínio.
    Raimundo Lúlio preparou o bicarbonato de potássio.
    Paracelso identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos químicos
    Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho II
    Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico[2]

A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl Jung reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo ocidental que não tenha recebido alguma idéia da alquimia, e que não a referencie.

No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora apresentam os seus trabalhos na Web, em sites, forums e blogs, incluindo fotografias das substâncias necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como os seus próprios comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos.

Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida da casa.

Influência na cultura popular:

Hoje em dia, a alquimia está voltando a se evidenciar no dia-a-dia das pessoas com best-sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci e Full Metal Alchemist. Tem, também, citações em Orychi.


Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor Albus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia, publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implícitos. Já a série japonesa Full Metal Alchemist, narra a estória dos irmãos Edward Elric e Alphonse Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo (respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são mostradas, como Van Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.

Os homunculus


Homúnculo na Alquimia:

A alquimia possuí três objetivos, o primeiro é transmutar metais inferiores em ouro, o segundo fabricar o Elixir da Longa Vida e o terceiro é a criação de vida humana artificial a partir de materiais inanimados (um clone humano na acepção moderna), os homúnculos. Não se pode duvidar da influência que a tradição judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser artificial, o Golem.

O conceito do homúnculo parece ter sido usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelso para designar uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro alquimista que tentou criar homúnculos foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.

No entanto, também é possível que o homúnculo seja uma alegoria, uma interpretação muito literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação, pela arte, de novas entidades minerais, sejam elas objetivos finais ou intermédios. Essas imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático, humano, animal ou quimérico, numa retorta.

O homúnculo na biologia:

Em 1677 Leeuwenhoek e Luiz Hamm viram pela primeira vez um espermatozóide e pensaram que ele tinha uma miniatura de humano dentro (homúnculo) que se desenvolvia quando depositado nos órgãos sexuais femininos: o espermatozóide seria a semente, o óvulo (feminino) o terreno de plantação.[carece de fontes]

Na verdade Leeuwenhoek e Hamm devem ter visto as organelas do espermatozóide, como se o cromossomo fosse a cabeça e o corpo o núcleo, e realmente até que parece uma miniatura de ser humano, apesar de não ser[carece de fontes].

O padre italiano Lazzaro Spallanzani provou em 1775 que eram necessários um espermatozóide e um óvulo para haver reprodução humana (na natureza) na qual o esperma era o fator fecundante, deitando por terra as teorias dos animalculistas.

O homunculu na psicologia: 

Na psicologia o homúnculo é a representação diagramática proporcional do corpo animal em relação às partes destes, representadas no córtex somestésico e motor.

Nesta representação, a área neural correspondente a cada porção corpórea. Assim como a face tem uma maior quantidade de nervos e conseqüentemente de corpos de neurônios, o desenho terá uma imensa face, com um tronco pequeno, braços grandes com mãos enormes, pernas pequenas com pés médios.

Homúnculo sensitivo: área somestésica, localizada no giro pós-central.

Homúnculo motor: área motora, localizada no giro pré-central.

O processo alquimico

O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado de "A Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da pedra filosofal. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outras, o orvalho, o sal, o mercúrio e o enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma velada usando-se uma complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais e figuras enigmáticas.

O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o dissolvente universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais matérias-primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil, passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem como o "coito do Rei e da Rainha".

O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o enxofre, muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma.

A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro de um sarcófago.

Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou "coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o masculino e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o dragão áptero.

Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem alquímica. Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma:





  • O Sol com o Ouro
  • A Lua com a Prata
  • O Mércurio com o Mercurio
  • Vênus com o Cobre
  • Marte com o Ferro
  • Júpter com o Estanho
  • Saturno com o Chumbo
Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima sob várias formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e ar), divididos em duas qualidades: Úmido (que trabalhava principalmente com o orvalho), Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes proporções determinavam a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam ser possível a transmutação: transformar uma forma ou matéria em outra alterando as proporções dos elementos através dos processos de destilação, combustão, aquecimento e evaporação.

Os alquimistas também associavam animais com os elementos, por exemplo, normalmente, o unicórnio ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe para representar a água, pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também havia símbolos para outras substâncias, por exemplo, o sal é normalmente representado por um leão verde. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico, que assume uma cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação, fase muito frequentemente citada pelos alquimistas no processo alquímico.

Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes, também tem significado espiritual:
 
  • Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e putrefacta (associada ao calor e ao fogo);
  • Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada (associada à ablução com Aquae Vita, à luz da lua, feminina e à prata);
  • Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa;
  • Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra Filosofal - o culminar da obra ou do casamento alquímico.
 
Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam em reações violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas dos 1000 °C e quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento (gases) e toxicidade por metais (Mercúrio, Antimónio, Chumbo). Os perigos psicológicos são também reais, em consequência de trabalho excessivo, concentração prolongada, frustração repetida, falta de repouso, por vezes isolamento, estímulos à imaginação, etc.